O maior artilheiro de todas as Copas e um dos maiores centroavantes de toda a história dos gramados, Ronaldo Nazário, se despede, hoje, 07/06, da seleção brasileira de futebol. O jogador se tornou uma lenda, ou melhor, um fenômeno, atuando com a amarelinha, com a qual fez magnifícas partidas e deu muita alegria à torcida do Brasil.
Além dos quinze gloriosos gols em Copas do Mundo, Ronaldo marcou mais dezenas pela seleção brasileira. O Fenômeno teve sua primeira oportunidade contra a Argentina, em Março de 1994, aos dezessete anos, às vésperas da Copa do Mundo daquele ano. Essa experiência culminaria na convocação de Ronaldo para o time que traria o tetracampeonato para o país.
O craque não atuou um segundo sequer, mas sua presença no grupo de Romário (o melhor jogador do mundo na época) e Bebeto, lhe rendeu o apelido de "Ronaldinho", já que havia um Ronaldo no grupo, o Ronaldão, zagueiro do São Paulo. E deu ao dentuço também a imagem de grande promessa do nosso futebol.
A promessa cumpriu-se quando Ronaldo, aos vinte anos, jogando pelo Barcelona se tornou o melhor jogador do planeta nas temporadas 1995-1996 e 1996-1997. Badalado, milionário, o jogador ganhou o apelido de "fenômeno" e fez o contrato mais caro da história com a Internazionale de Milão, em 1997.
Em Milão, além da artilharia do campeonato italiano, Ronaldo conquistou várias modelos internacionais e ganhou a fama de mulherengo e "baladeiro". O destino do craque mudaria radicalmente. Ronaldo sofreu uma contusão séria no joelho e ficou fora dos gramados por quase um ano.
Dúvida para a Copa do Mundo de 1998, na França, o fenômeno superou os problemas físicos e marcou seus primeiros quatro gols pela seleção. Mas teve sua surpreendente, pela recuperação que teve, e brilhante atuação ofuscada pela amarga derrota por 3x0 para os anfitriões. A seleção brasileira caiu diante da força da França e deu seu craque, Zinedine Zidane.
Ronaldo sofreu ao longo das próximas três temporadas mais duas graves contusões e foi dado, por todo mundo praticamente, como acabado. Em 2002, no entanto, convocado para a seleção de Luis Felipe Scolari, o craque marcou oito gols, foi pentacampeão com o Brasil e se tornou, pela terceira vez, o melhor jogador do mundo, agora atuando pelo Real Madri.
Transferiu-se para o Milan, em 2007, onde tragicamente teve nova lesão, dessa vez no joelho esquerdo. O jogador voltou para se tratar no Brasil e fazer sua recuperação no Flamengo, onde sonhava em jogar.
Sua volta (novamente surpreendente) aos campos foi feita pelo Corinthians, em 2009, no Pacaembu,contra o Palmeiras. Entrou no final do segundo tempo e marcou nos acréscimos. Tornou-se, então, símbolo de superação e ídolo da Fiel.
Por toda sua carreira, vitoriosa, exemplar, é que Ronaldo se tornou uma das grandes lendas do futebol mundial. O craque encerra uma brilhante trajetória, hoje, diante da Romênia. Ronaldo escreveu seu nome entre os maiores do mundo e a partida dessa terça-feira só estende sua imagem (mítica) para além da eternidade futebística.
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